MS perde 41 mil hectares de soja e prejuízo deve ultrapassar R$ 100 mi

Lavouras foram prejudicadas pelo excesso de chuvas no estado.

Lavouras foram prejudicadas pelo excesso de chuvas no estado.

O Mato Grosso do Sul deve deixar de colher na safra 2015/2016 de soja, cerca de 41 mil hectares, o que deve ocasionar, segundo estimativa preliminar da Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS), um prejuízo de mais de R$ 100,5 milhões aos produtores. A Aprosoja/MS aponta com base em dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga) que as áreas de lavouras “perdidas” nesta safra foram afetadas diretamente pelo excesso de chuva, que atinge o estado desde o fim do ano passado ou indiretamente pelo mesmo fenômeno, que danificou estradas e pontes, impedindo, em muitos locais o acesso as lavouras.

O analista de grãos do Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), Leonardo Carlotto, aponta que a estimativa do prejuízo foi calculada multiplicando o custo médio de produção por hectare no estado, que foi de R$ 2.452 na safra, pela área que foi plantada, mas não será colhida, 41 mil hectares, o que leva a estimativa inicial de R$ 100,5 milhões. O analista aponta, entretanto, que se forem considerados o que o produtor e a cadeia produtiva deixam de ganhar com a colheita dessas áreas, que o prejuízo fica ainda maior. “Mato Grosso do Sul poderia ter movimentado cerca de R$ 300 milhões a mais em comercialização, tributação e movimentação da cadeia produtiva, caso os campos não tivessem apresentado a perda que está sendo estimada para este ciclo”, explica.

Mesmo com perdas, safra é recorde

Mesmo com as perdas provocadas pelo excesso de chuva, Mato Grosso do Sul deve contabilizar uma safra recorde de soja neste ciclo, atingindo os 7,5 milhões de toneladas, conforme a estimativa mais recente da Aprosoja/MS, o que vai representar, se confirmada, um incremento de 8,6% frente as 6,9 milhões de toneladas colhidas na temporada anterior.Até a última sexta-feira (25), os produtores do estado, conforme o Siga, já haviam colhido 93% dos 2,5 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa neste ciclo. O trabalho seguia mais acelerado no sudeste e sudoeste, com média de 96,6%, da área semeada já colhida. Nestas regiões, inclusive, dez municípios haviam encerrado o procedimento: Amambai, Aral Moreira, Caarapó, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Juti, Laguna Carapã, Naviraí e Vicentina. Em contrapartida, a colheita seguia em rimo menor no centro e norte de Mato Grosso do Sul, com média de 81,8%. Nestas regiões apenas uma cidade, Coxim, concluiu a colheita na semana passada.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>

146 views